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Crítica e elogio - a função agridoce do pastor

A grande maioria dos pastores estabeleceu dois extremos: uma cautela exacerbada para não ferir suas ovelhas e um grito condenatório, com dedo em riste, julgando, seja em particular, seja de púlpito, os equívocos ou insuficiências de suas ovelhas.

De acordo com o crescimento das igrejas evangélicas, observamos um despreparo gigantesco em relação aos que deveriam nutrir e potencializar seus liderados. Os pastores convivem com pessoas diferentes, de estruturas diferentes e com históricos diferentes. É impossível colocar todo mundo dentro de um pacote e tratar a todos de igual forma. Por aqui notamos que o pastor deve ter dois pesos e duas medidas. Isso o livrará de uma imagem preconceituosa, além de despir-se da roupagem de alguém que seleciona com quem deseja trabalhar e servir.
 
Pensando neste relacionamento e nos extremos estabelecidos acima, tentaremos lançar mão do essencial: o equilíbrio.
 
Aqueles que vivem da crítica, vivem enamorados não só com o aprimoramento da igreja, mas, sobretudo, com o ideal. E o ideal é algo (im?)possível em escala de médio e/ou longo prazo. A membresia de uma igreja não suporta respirar tão somente o futuro e ter diante de si suas mazelas, limitações e defeitos lembrados e julgados pela liderança.
 
A crítica é bem vinda quando acompanhada de novos rumos e construções. Uma boa liderança se destaca não pela sua eficiência em demonstrar o que deve ser corrigido, mas em que, apontando a deficiência, com esta, apresenta novo caminho de forma delicada e sábia.
 
Por outro lado, há aqueles que, por medo de "perderem", acabam violando princípios bíblicos a fim de louvarem atitudes erradas. Crítica e elogio devem caminhar juntas. Não se deveria percorrer o ministério em silêncio total.
 
Com relação ao crescimento das igrejas evangélicas sem "evangélicos"(!) se dá justamente pela ausência da crítica, da "boa palavra", da verdade, de conceitos e conselhos sobre relacionamentos e vida pertinentes ao nosso contexto brasileiro.
 
Que haja, em nossa nação, líderes capazes de expressarem sua sensibilidade e criticidade! Quem sabe, assim, a igreja não cresça verdadeiramente?
 
NA GRAÇA
LELLIS

2 comentários

Jabesmar A. Guimarães disse...

Eu trocaria: "uma cautela exacerbada para não ferir suas ovelhas"

por:
"uma cautela exacerbada para não ferir as ovelhas ovelhas do Senhor"

ou:
"uma cautela exacerbada para não ferir as ovelhas sob seus cuidados"

NELSON LELLIS disse...

Pois é Jabesmar... o ideal seria "ovelhas do Senhor", mas quem as trata desta forma em dias em que o "ramo" igreja anda tão concorrido?
Dizem: "É ovelha minha!", "É igreja minha"...
No mais, a cautela fica por conta de cada líder. Abraços.

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