O
BBB, reality show iniciado em 2001 pela emissora de tevê Globo, não
parou desde então. Pedro Bial, o âncora do programa, já recebeu inúmeras
críticas por ceder sua imagem para tal empreitada.
Há
alguns anos, intelectuais, músicos, poetas, professores, igrejas,
assumiram uma postura de negação sobre o programa. Vários e-mails e
mensagens circula(ra)m nas redes sociais a fim de minimizar sua audiência.
Por que um programa tão criticado ainda permanece após 13 anos consecutivos?
Alguns
responderão que a parte financeira é o carro chefe deste “mistério”. É
sabido que a emissora premia um valor irrisório diante das cifras
angariadas através de telefonemas e outras muitas participações. São
compras no site, assinaturas de canal exclusivo, objetos relacionados ao
reality e etc.
Outros
afirmarão que a busca pelo sucesso, a marca do ocidente moderno, é a
resposta para a perseverança do programa. Pessoas comuns que conseguem
apresentar suas facetas sem interrupções com o intuito de vencerem a
todos os demais participantes e sair milionário.
Outra
via de pensamento se dá pela sensualidade nas festas e relacionamentos
dos internos. Antonio Veronese (clique para ver o vídeo), que já não mora mais no Brasil, disse que o
BBB é a masturbação nacional. O que chama atenção de jovens é a
sensualidade mascarada, com pouca roupa. Vê-se pelas propagandas. Para
se vender uma lâmina para barbear, basta colocar uma atriz semi-nua.
Para quê? Para chamar a atenção até o final. É estratégico, dá certo.
Certíssimo.
Uma espiadinha é tudo o que o brasileiro quer.
O
sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, afirmou que a quebra da
privacidade, da intimidade alheia é a marca dessa (pós)modernidade. Como
discordar?
Velamos
todos os dias os bons costumes e damos sempre um jeitinho de justificar
as piores coisas de nosso país. Não sei quem tem a razão, mas temos
muitas razões para não vacilar no tempo, no pouco tempo que nos resta
para o amor verdadeiro, de tato, de respeito e generosidade.
Vai-se
o tempo e nossas famílias ficam presas às imundícies de tais programas.
É um programinha como aquele que se faz da pior espécie. Quase
gratuito. É um programinha em família. Em família! Pois é... cada um com
o seu favorito.
Tudo bem... cada um com suas razões.
Vai-se o tempo... foi-se o tempo!...
NA GRAÇA
LELLIS
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