Apertam-me a garganta para que eu não grite,
e eu não grito!
Matam-me a criança que em mim ensaia um sorriso
e eu não sorrio!
e eu não sorrio!
Pisam-me os calos para que eu não me alegre,
e eu não me alegro;
e eu não me alegro;
Chamam-me de bobo quando faço graça,
e eu não me descontraio;
e eu não me descontraio;
Fazem-me gracejos quando a dor me dilacera o peito,
para que eu não chore
e eu não choro;
para que eu não chore
e eu não choro;
Convencem-me que faz mal sentir saudades,
e eu não sinto saudades;
e eu não sinto saudades;
Ensinam-me que é feio ficar triste,
e eu não me entristeço;
e eu não me entristeço;
Dizem-me para amar quando sinto ódio,
e eu não odeio;
e eu não odeio;
Cobram-me a competição e o desamor,
quando quero apenas amar,
e eu não amo.
quando quero apenas amar,
e eu não amo.
Depois, onipotentes,
vêm-me falar
de minha apatia,
de minha impotência,
de minha falta de energia,
de minha insensatez,
de minha frigidez,
de minha insensibilidade,
e como já não mais lhes entendo a linguagem,
e como já não mais faço parte do mundo deles,
e como já não mais percebo a sua realidade,
rotulam-me de um nome qualquer,
e me marginalizam em uma das prateleiras da vida.
vêm-me falar
de minha apatia,
de minha impotência,
de minha falta de energia,
de minha insensatez,
de minha frigidez,
de minha insensibilidade,
e como já não mais lhes entendo a linguagem,
e como já não mais faço parte do mundo deles,
e como já não mais percebo a sua realidade,
rotulam-me de um nome qualquer,
e me marginalizam em uma das prateleiras da vida.
(Autor desconhecido)
Um comentário
Nossa!Muito bom,bem real!
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