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O Evangelho Integral como resposta aos alunos universitários


As igrejas vivenciam um grande êxodo de seus universitários. Pastores e líderes estão tentando descobrir uma forma para lidarem com essa outra (porque não é nova) etapa. Um amigo pastor disse-me que uma Igreja que não possui proposta de um Evangelho Integral, facilmente perderá alguns de seus membros universitários. Ou seja, uma comunidade voltada para si mesma, com seus olhos brilhando tão somente para o simples inchaço nos ministérios de louvor e coreografia, bem como o crescente volume na audiência das reuniões de domingo à noite e nada mais, tende a trabalhar com um rol de membros cada vez menos rigoroso.

Mas que fique claro: há universitários e universitários. Uns, assumirão o conhecimento e se depararão com “sintomas heréticos”; outros farão de conta que nada aprenderam, porque o que importa é o que sempre ouviram nas EBDs. O resto é resto e conhecimento do “mundo” que de nada presta, salvo se for para ganhar dinheiro.

Os religiosos saem de suas comunidades com o desejo de converter todo mundo. Com o passar do tempo, se deparam com um sem número de conceitos nas Universidades que jamais tiveram contato em suas vidas. E a grande dificuldade que enfrentam é: tudo isso faz sentido.

Todo o sentimento religioso é colocado em uma mesma mesa com fatos, História, pensamentos clássicos, debates intensos sobre comparações das ideias e das religiões. Aquilo que outrora julgava ser extraterrestre, agora, com leve autocrítica, entende por que sua religião é que se mostra extraterrestre. Na verdade, ele é um extraterrestre. Seus estudos e interesses sinceros colocaram os próprios pés no chão. E se antes sua comunidade não convivia com o mundo ao seu redor, não tem jeito, ou procurará outra comunidade, ou negociará com seus conhecimentos a fim de permanecer por causa dos amigos, ou abandonará de vez porque, afinal de contas, não há chances de espiritualizar tudo na vida.

É por isso que vez em quando um ou outro se aproxima de mim e questiona: “O que farei?”

Ora, o que quer fazer? O que te oferece mais sentido, cara? Se você conseguir negociar o que aprende com o que aprendeu na base eclesiástica, tudo bem. Acho difícil. Não dá pra conciliar tudo na vida. A gente anda na corda bamba, no fio da navalha, mas fazer o quê? É como disse outro amigo: “Estude pra você e esqueça que tem de repassar o conhecimento”.

Agora, assiste razão o meu amigo pastor que citei no início. Uma igreja que se interessa com questões sociais tem mais chance de dialogar com os universitários. Uma igreja cujo projeto é procurar melhorar a vida das pessoas não simplesmente dizendo ao que tem fome “Deus te abençoe”, mas antes, dando-o pão, “vara para pescar” e esperança no Evangelho, tem maiores chances com os universitários.

Não afirmo que uma igreja que não possui universitários não serve sua comunidade. Afirmo que uma igreja que não serve sua comunidade corre o risco de não “possuir” universitários sérios.

Há, sim, sérios jovens cristãos interessados pelo estudo e que apreendem quase tudo. São candidatos a pensarem socialmente. Acabam-se as chances de muito espiritualizar a vida. Veem Jesus como alguém de carne. Assumem um Jesus não mais sofisticado pelos sistemas das igrejas-shows ou igrejas-modelo, mas um Jesus que se envolve com vidas, com a escória da sociedade, que não "aparece" (queria falar "que não aparece na mídia"), que não tem nome, que não tem CPF.

E essa coisa de templo-casa-de-D’us-encontro-com-D’us é só discurso místico vazio. Só isso. O negócio da igreja só tem sentido como Corpo de Cristo. Vá e faça, dê continuidade, assuma a vida do outro para si tentando construir um mundo – ou ao menos uma comunidade – melhor.

NA GRAÇA
LELLIS

4 comentários

NELSON LELLIS disse...

Alguns bons comentários no link: http://www.facebook.com/nelson.lellis/posts/224841257642970?notif_t=share_comment

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

É verdade,a universidade tende a nos mostrar conceitos novos e fundamentos que embaralham a mente e tendem a nos 'educar' como seres possuidores do poder e Deus é colocado como um mero espectador,quando ele não é descartado.Tem que ter conhecimento fundamentado na Palavra,fé e a prática destas pra não se deixar converter para o outro lado.

“Estude pra você e esqueça que tem de repassar o conhecimento”.
Essa parte tenho que viver principalmente no que diz respeito a disciplina sobre Evolução para não corroborar com a infeliz idéia que evoluímos de uma ameba e nosso ancestral mais próximo é um Chimpanzé.rsrs.

Abraço Nelsim

Mariáh disse...

Demorei, mas cheguei.

Não curso em uma Universidade ainda, mas já quase me considero em uma. E realmente, a gente se depara com umas verdades, que não combinam com as bíblicas.

Mas ultimamente tenho percebido que não preciso aceitar tudo, mas também não preciso discordar de tudo. Se meu professor de filosofia afirma que as histórias que aprendi na EBD são mitos, considero que são mitos. Pra ele.

Por mais que eu me ache fraquinha na fé, ela não me desaponta na hora de ter que admitir: "É, não faz sentido, mas eu creio."

Abração!! Curtam a viagem! hehe

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