Seguindo
conselhos, resolvi estudar para mim mesmo.
É verdade. As personagens da alegoria da caverna de Platão ainda estão entre nós. Sempre estarão, acho. Eu mesmo tento ser um deles. Aquele que sai, encontra a luz e volta para contar aos outros. É... bastou sair, descobrir,
retornar e falar do que viu. Estou jurado de "morte".
Como
não tenho interesse na morte e nem que minhas obras façam parte do índex, resolvi voltar para a caverna e
silenciar-me dentro dela.
Vez
em quando, sei disso, alguém perguntará, o que foi fazer lá fora? “Nada”,
direi. O máximo que farei é usar um verso bíblico para espiritualizar: “(...) entrará e sairá e achará pastagens” (João 10:9).
Ninguém
quer ouvir nada além do que já se sabe. Foi o que disse no post anterior. Isso é simplesmente aterrorizante. O julgamento é um só: “Olha,
lá vem ele! Quer mostrar que sabe!”
Que
dor imensa! Por quê? Porque se trata de gentes que julgam o conhecimento como
um orgulho separador de certa comunhão com D’us.
Não
dá pra entender. Se o povo perece porque lhe falta o conhecimento, será que
podemos dizer que o conhecimento na igreja tem limite? Tem cabresto? Tem cerca
por todo o aprisco?
É por
isso que fico com Jesus: entro, saio e continuo achando pastagens. Não há
barreiras, não há portas trancadas. Há pastagens. Serve-se delas quem quiser.
Mas,
por favor, quem resolveu entrar e ficar (ou que nunca saiu de lá – como na
caverna de Platão), não bata o martelo e nem afirme nada sobre o que resolveu “sair”
(e que, inclusive, tem encontrado pastagens), porque será muito constrangedor
ouvir do próprio Jesus: “E daí que ele tenha saído?”
NA
GRAÇA
LELLIS
Nenhum comentário
Postar um comentário