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Um dia quase perfeito



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Férias.

Acordei. Era umas oito e meia. Peguei o telefone e fingi estar conversando com alguém do parquinho. Minha filha estava dormindo. “É, pode fechar o parquinho porque ela ainda está dormindo e acho que não vai mais”. Ela acordou com um grito, como quem diz: “Ó, estou aqui, acordada e quero muito ir ao parque como papai prometeu ontem”.

É claro, fiz tudo de propósito. Uma brincadeira pra começar o dia. Oração, troca a roupa, troca a fralda, café da manhã, uma musiquinha antes de sairmos juntos - a pé (porque a mamãe foi trabalhar e levou a bicicleta; só chega amanhã).

Ótimo, lá estávamos. Era o parquinho prometido. Escorrega, escorrega, escorrega... ela só queria o escorrega. Então, escorrega.

Saímos dali para o Banco no centro da cidade. Coisa de 15 minutos. No caminho, uma loja. Esqueça os 15 minutos. A Barbie estava lá, com aquele sorriso. Cem reais. Ela, a Barbie, com o sorriso, e eu, chorando. Nunca vi nada naquela boneca, mas agora ela faz sentido pra mim, porque faz sentido pra minha filha. Mas, confesso, deixou de fazer com aquele preço. Deixamos a Barbie no mesmo lugar. Em seguida, ganhou um sabonetinho de uma tia para colocar em meio às roupas. Mulher gosta disso, né? Que difícil tirar aquele sabonete da mão dela depois. 15 minutos? Ha-ha-ha.

Rumo ao centro da cidade. Algumas coisas ali e promessa de retornarmos ao parquinho à tarde. Agora era o parquinho do centro da cidade.

Casa. Almoço. Banho. Um banho divertido. Maneiro, como ela mesma diz. E mesmo assim, sem shampoo nos olhos, porque o papai cercou bem a água pra não descer pelo rosto. Soninho assistindo a “Galinha Pintadinha, vol. 3”. Dormiu sobre mim. Que delícia! Eu também apaguei.

Acordei com o Pr. Fabio me chamando. “Ó, amanhã passo aqui 3 e meia da manhã”. 

É, daqui há pouco, estrada para o Rio de Janeiro. Feriadão longe da família. Minha esposa, só na segunda. Congresso.

Tudo bem. Ela acordou. Cafezinho da tarde. Roupinha nova e parquinho. Bom demais aquele escorrega. Jantar na titia. Passamos em casa, lavamos os pés da terra e pronta para dormir na vovó. Ai, que dó.

Só segunda-feira.

Fico aqui agora. Preguiçoso para arrumar a mala. Sozinho. Ai, que dó.

(...)

Minha esposa acaba de me ligar... Está no trabalho. É por isso que o dia não foi perfeito. Mas, convicto, dormirei sorrindo e balbuciando "Meu limão, meu 'limoreiro', meu pé de jacarandá..."

NA GRAÇA
LELLIS

Um comentário

Unknown disse...

ahuahuahuahua...êh homem poeta!rs.
Barbie é só o começo Nelsim,daqui a pouco Sarinha vai querer roupa,maquiagens,sapatos e brincos.rs.Filhas mulheres sempre gastam mais.ahuahua

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