
Paulo escreveu aos romanos (15:4): “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança".
O púlpito está em crise em nosso país. A alimentação tem sido rala e o povo que se diz chamar pelo nome de Deus está sendo destruído porque lhe tem faltado conhecimento. A exegese é tremendamente importante para que a janela do texto se abra e sua compreensão seja maior e, claro, pertinente. É cada vez mais urgente a formação no púlpito para que haja um interesse em expor o ensino de forma coerente. Lutero disse que a Igreja precisa de teólogos. Que teólogos? Que saibam manusear bem a Palavra da Verdade. Que tipo de manuseio? Que saiba entender a posição entre a devoção e a transpiração. Lutero também disse que orar bem é estudar bem. Ora, é claro que a devoção é parte essencial e a mais importante, pois o que se faz sem o auxílio do Espírito? Mas, não se pode colocar tudo na conta de Deus e esperar que Ele mesmo nos dê a exegese como num passe de mágica ou uma inspiração (que na verdade já não existe, mas sim, uma iluminação) como num estalo na mente.
Para que haja uma análise real do texto, são necessárias pelo menos quatro perguntas diante do mesmo. São elas:
1ª → Quem escreveu o texto?
2ª → Para quem endereçou?
3ª → Em que data foi escrito?
4ª → Em que circunstância?
2ª → Para quem endereçou?
3ª → Em que data foi escrito?
4ª → Em que circunstância?
Não havendo esse princípio de questionar o texto, poderá cair no erro de utilizar o texto como pretexto e sua ideia real já não será. É importante enfatizar que existem textos que ora ensinam, ora são direcionados à Igreja. É por isso que Paulo, tratando das Escrituras (A.T.), relaciona ao ensino para a Igreja.
A Bíblia é rica e não cessa seus ensinamentos. Infelizmente há pessoas que dizem: "Jogue fora todos os comentários e leia apenas a Bíblia". Não concordo. A Bíblia precisa sim, de auxílio, para que possamos compreendê-la melhor e termos a claridade dos fatos no intuito de que haja um ensino proveitoso, próspero, produtivo e que nos alimente para alimetar a outros.
A janela está aberta tão-somente para quem se aproxima. Notemos esses versos de II Pedro, cap 1:
"(2)Que a graça e a paz estejam com vocês e aumentem cada vez mais, por meio do conhecimento que vocês têm de Deus e de Jesus, o nosso Senhor!(3)O poder de Deus nos tem dado tudo o que precisamos para viver uma vida que agrada a ele, por meio do conhecimento que temos daquele que nos chamou para tomar parte na sua própria glória e bondade. (5)Por isso mesmo façam todo o possível para juntar a bondade à fé que vocês têm. À bondade juntem o conhecimento (6)e ao conhecimento, o domínio próprio. Ao domínio próprio juntem a perseverança e à perseverança, a devoção a Deus. (8)Pois são essas as qualidades que vocês precisam ter. Se vocês as tiverem e fizerem com que elas aumentem, serão cada vez mais ativos e produzirão muita coisa boa como resultado do conhecimento que vocês têm do nosso Senhor Jesus Cristo." (NTLH)
Por cinco vezes, o apóstolo Pedro utililza a palavra conhecimento. É sabido, portanto, que esta palavra pode ser traduzida aqui como fé (gr. piste) e/ou ciência (gr. episteme), cujas raízes no grego são a mesma. Ou seja, conhecimento (o que podemos chamar de transpiração) e fé (o que também podemos chamar de devoção) caminham juntas.
Creio, portanto, que esse conhecimento é para nosso ensino (ciência, compreensão) e prática de vida (fé e devoção).
NA GRAÇA
LELLIS
Nenhum comentário
Postar um comentário