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QUANDO DEUS VISITA

Acompanhe o Evangelho de Lucas 7:

11¶ E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão;
12E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.
13E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.
14E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar.
15E entregou-o a sua mãe.
16E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.
17E correu dele esta fama por toda a Judéia e por toda a terra circunvizinha.
18E os discípulos de João anunciaram-lhe todas estas coisas.

COPEIRO DO REI escreve...

Esperar é sempre um desafio para qualquer pessoa. Somos afoitos e dificilmente sabemos, na prática, o que é aguardar em silêncio. Exames médicos, resultado da prova, aprovação do concurso, menino ou menina, contratado ou não, enfim, uma gama de situações que nos levam a perder de vista a calmaria que Deus nos propõe. Decerto que existem dois tipos de ansiedade: a que nos leva a buscar mais e progredirmos na caminhada, como por exemplo: terminar um curso para uma promoção ou pagar uma conta; e a outra ansiedade que emperra até a comunhão com Deus, exemplo: aquilo que você sabe que virá, mas deseja agora.

A visita de Deus não é uma lógica humana, mas um caso de fé. É você quem traz a visita de Deus. O convite é feito por Ele mesmo, como no caso de Zaqueu, mas quem abre as portas para Sua visita somos nós.

O desejo de Deus é visitar sua casa, sua vida. Obviamente que Deus mora com o contrito de coração, entretanto, ao dizer que Deus visita, quero apenas enfatizar a ideia de um Deus que age de acordo com a nossa fé, porque sem fé é impossível agradar a Deus, assim como todo aquele que se aproxima de Deus precisa crer que Ele existe e se torna galardoador dos que O buscam. Todas as pessoas que Deus curou e salvou e abençoou, sempre enfatizou: “Isso aconteceu por causa da sua fé”.

Deus mora, mas Deus também visita.

Deus pode morar dentro de você, mas há tempo que não o chama para uma conversa franca. Pode morar dentro da sua casa, mas há tempo em que Ele não tem espaço para agir. Pode morar com sua família, mas há tempo em que Ele não é convidado, como um membro da própria família, para nortear o caminho por onde se deve andar, como tomar as decisões, como tratar das questões mais delicadas. Deus pode morar contigo, mas será que você tem permitido que sua presença faça essa diferença que tanto almeja? Será que não chegou o momento de dizer a Ele: “Senhor, há muito tu tens morado comigo, mas chegou o momento de clamar: ‘Me visita, Senhor!, porque não sou digno nem de ser tua morada! Me visita!’”.

Você espera por essa visita?

V. 11,12 → QUANDO DEUS VISITA, A ESPERANÇA RESSURGE

Jesus caminhava com os seus. Era, além dos doze discípulos, uma multidão que esperava a visita de Deus. Aqueles que viam os milagres acontecerem e que ouviam de perto a ministração das Escrituras de forma poderosa, com autoridade de uma forma que nenhum mestre da lei ensinava.

E Naim, uma cidadela humilde, que depois veio ser reconhecida como a cidade dos Casacos, e hoje como a cidade da Tapeçaria, registrava a dor de uma viúva.

Talvez a grande diferença do povo que seguia Jesus e do outro que seguia o cortejo fúnebre era: o que esperar? Os discípulos estavam sempre esperando que Jesus trouxesse o Reino diante de seus olhos, seja por forma de sinais ou de Palavra; a outra multidão não esperava por mais nada. Era uma procissão exausta, pessoas traumatizadas na pequena cidade de Naim, um povo exaurido e sem esperanças diante da cena da morte.

É a história de uma mulher que diz: “Eu já fui mãe; eu já tive um filho”. O desespero total da vida invertida, porque o que pensamos ser normal é o pai enterrar o avô, o filho enterrar o pai... e não a mãe enterrar o filho.

Muitos aqui provavelmente não enterraram o filho. Conquanto, o que, na sua história, hoje podes dizer: “Eu já fui isso; eu já tive aquilo” e foi enterrado por você? Diante dessa sua perda irreparável, você desistiu e já velou para sempre ou ainda espera a visita de Deus?

V. 12 → QUANDO DEUS VISITA, A PROVISÃO APARECE

Não era uma morte comum. A grande multidão não é comum. Por quê? Porque era filho único de uma viúva. A viúva dependia de seu filho. Ao contrário do que observamos atualmente, dias em que, devido ao desemprego da população economicamente ativa, os aposentados muitas vezes sustentam filhos e netos com os seus proventos. Nos dias dessa viúva os filhos eram a verdadeira aposentadoria de seus pais. Não havia seguridade social nem aposentadoria privada. Aos filhos cabia cuidar de seus progenitores quando estes não tivessem mais condições de trabalhar. Agora imagine a situação daquela viúva: não tinha esposo e seu único filho havia morrido.

A partir daquele momento, ela teria que sobreviver dependendo da ajuda, por não dizer esmola, de amigos, caso os tivesse, ou se tornaria uma prostituta. A Palavra revela que o coração do Senhor, o qual sabia de tudo isso e tudo o mais, se moveu de compaixão.

A igreja primitiva, por exemplo, é chamada para cuidar das viúvas. Que viúvas? As que não tinham provisão dos filhos. Tiago, o irmão de Jesus, diz que a verdadeira religião é cuidar dos órfãos e das viúvas. Ou seja, cuida dessa gente porque senão morre. A igreja passa a ser a resposta para aqueles que não possuem provisão de absolutamente nada: seja da parte financeira, até afetiva – e principalmente para suprir a carência do homem através de relacionamentos sinceros.

Havia uma grande multidão que a acompanhava. Carpideiras que choravam até de graça por causa de tamanho desastre. Mesmo assim, a pobre mulher não encontraria um provedor, não encontraria um homem que a desse segurança contra as vicissitudes da vida, não encontraria alguém responsável para dar comida diariamente. Em suma: esta mulher estava condenada, após o enterro de seu filho, a morrer.

Pergunto: será que você está enterrando sua provisão, sua segurança, sua paz...? O que você está velando, mesmo à contra gosto? Por que ou por quem está indo neste cortejo fúnebre a tal ponto de você não suportar após isso, por mais uma semana, vindo depois a própria morte? Sim, porque dependendo do que esteja enterrando, a sua morte é iminente.

A viúva não enterrava porque queria, mas porque algo havia fugido do seu controle. E a verdade é que não temos o controle da própria vida, mas temos a condição de sermos visitados pelo Dono dela.

V. 13 → QUANDO DEUS VISITA, ELE SECA AS LÁGRIMAS

Há alguém que disse: “Quando Deus se compadece, o milagre acontece”. Os que seguiam Jesus não podiam ter o monopólio do amor e compaixão do Senhor. Nenhum grupo pode chamar para si essa exclusividade ou preeminência. Em sua infinita soberania, Ele age como quer e onde quer. Ele visita a cidade de Naim, e às portas dela tem esse encontro marcante.

Entretanto, uma coisa é intrigante. Por que Jesus diz a essa mulher: “Não chore?”. Um capítulo antes, Jesus estava ensinando às gentes que O seguia: “Bem aventurado os que choram porque haveis de rir, porque serão consolados”. Para nós, que temos o acesso aos escritos de Paulo, não compreendemos o bastante porque o ensinamento é “Alegre-se com os que se alegram, e chorem com os que choram”.

Poderíamos dizer a Jesus: “Jesus, é pra chorar! Esse é o momento!” É irritante quando alguém que nos vê sofrer, vem com um consolo vazio e diz: “Fique assim não”! Ah, quanta falta de sensibilidade!

Mas por que Jesus diz: “Mulher, não chore!”? Podemos ainda recordar que Jesus chorou quando Lázaro morreu. As irmãs aguardavam a visita de Jesus, mas Ele esperou Lázaro morrer. Jesus chorou com elas. Mas por que Jesus diz a esta mulher: “Não chore!”?

Porque Ele pode. E por que Ele pode? Porque Ele tem o tempo nas mãos. Que tempo? O choro dura uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Depois da tempestade vem a bonança. Depois da escassez vem a fartura. Depois da humilhação vem a honra. Depois da morte vem a vida.

Jesus encontra a mulher na porta da cidade. Isso quer dizer que os enterros eram fora da cidade. Era o limite, o fechar do caixão, a última olhada, tudo acabado. Mas nada está acabado até que Jesus visite. Você pode estar na porta, não está acabado; no seu limite, não está acabado; nas últimas forças, não está acabado! Deus visita, ainda que na porta da cidade.

Há momentos em que o único caminho que preferimos é o das lágrimas. De certo. Esse é um tempo respeitado por Deus. Mas ele não pode ser eterno.

Jesus tem poder para dizer: “Não precisa ficar assim, porque o final dessa história está em minhas mãos. Eu estou visitando!”

V. 14-17 → QUANDO DEUS VISITA, NOSSOS BRAÇOS SEGURAM A VIDA

Após o “não chore” de Jesus, se aproxima do esquife e toca. O menino abre os olhos e se assenta e fala e fala e fala. O que ele fala eu não sei, mas que todo o povo fala, eu sei. Eles dizem: “Deus visitou o nosso povo”.

A mãe está em estado de choque, não se aproxima do filho, nem o filho dela. É Jesus quem pega nos braços e o entrega à mãe.

Aquela mãe estava enterrando sua própria vida. Jesus, em sua bondade restituiu. Nem sempre Jesus ressuscitará a todos aqui, mas todos serão ressuscitados no último dia. O ensinamento não é que Jesus ressuscitará todos os nossos familiares que morrerem, mas sim, que Ele pode entregar nos nossos braços aquilo que para nós é provisão, segurança, paz, alegria, companhia. Por vezes, enterramos parentes, mas com eles também vão toda a esperança, toda a provisão de vida existencial, toda paz...

Temos pessoas mortas dentro de casa? O que morreu dentro da sua casa? O que morreu em você?

Jesus deseja encher o seu colo de vida, seus braços de abraços, seu coração de desaperto, sua mente de paz. Deus quer que você entre na cidade, volte para a casa levando nos braços, ressuscitado aquilo que outrora se encontrava morto.


NA GRAÇA, QUE ME PERMITIU ESCREVER EM LÁGRIMAS ESSA MENSAGEM

LELLIS

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