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Titulo

DIGNOS DE APEDREJAMENTO


TEXTO: Atos 7:54 - 8:1

“Estevão era um homem muito abençoado por Deus e cheio do poder, fazia grandes maravilhas e milagres entre o povo” (At 6:8).

Pela visão da teologia da prosperidade ou confissão positiva, o verso acima parece não comungar à circunstância final da vida de Estêvão. Como um homem, cuja face se parecia com a face de um anjo (At 6:15), é tão invejado a ponto dos religiosos, líderes e mestres pagarem alguns homens para testemunharem falsamente sobre ele diante do Conselho Superior? A sabedoria que o Espírito Santo o concedia (At 6:10) não teria sido suficiente para expor as Escrituras de forma satisfatória àqueles que a ouviam? Como um homem de tamanho porte espiritual morre às pedradas logo após expor as Escrituras? Pergunto: Isso é uma vida muito abençoada? Terminar de forma trágica é sinônimo de vida poderosa? Morrer após pregar a Palavra de Deus com a vida e com seus lábios é honroso para quem foi usado por Deus no efetuar de maravilhas e milagres entre o povo?
Afinal, o que é ter uma vida muito abençoada e cheia de poder para a realização de grandes maravilhas e milagres entre o povo?
Qual é a sua visão de uma vida usada por Deus? Será que o “ser abençoado” para você é o mesmo que o “ser abençoado” para Deus? Já parou para pensar nos riscos de ser alguém muito abençoado e cheio de poder? Já pensou nas consequências? Nas pedradas? Já passou pela sua cabeça que ser alguém muito abençoado e cheio do poder pode significar muita divisão, discussões, cansaço, lágrimas, noites de insônia, inimigos dobrados?
Portanto, se você pensou na possibilidade de ser um homem muito abençoado e cheio do poder com ausência de tudo isso, saiba que não é no molde bíblico que tem buscado. É necessário rever o conceito de alguém muito abençoado e cheio do poder.
Charles Finney disse: “A maior necessidade de nossos dias é poder do alto”. O homem não pode viver sem o toque de Deus e sem tocar Deus. O homem precisa reconhecer que é pó e que carece desesperadamente da unção de Deus para continuar de pé num mundo caído.
Ninguém pode concluir sua vida. Ninguém tem a chave do amanhã. Ninguém pode aumentar um minuto de sua caminhada ou um centímetro de seu tamanho. É Deus quem decide como as coisas terminam para o servo fiel. A vida de um servo está na destra forte e segura de Deus e nem mesmo a morte a tira de lá. Todos precisam de Deus.
Uma vida muito abençoada, cheia do poder do Espírito Santo, requer algumas linhas de pensamento, algumas atitudes importantes e insubstituíveis.
Defino: uma vida digna de apedrejamento é muito abençoada e cheia do poder do Alto.

O que Estêvão realizou para que fosse digno de apedrejamento?


1º - A Defesa de Estêvão foi embasada na Palavra:

Estêvão não era qualquer leitor das Escrituras. Ele estudava a fundo. Chega a citar um sentimento de Moisés que Êxodo não relata: a forma trêmula em que se aproxima da sarça. Ele realizou um histórico das profecias, de quem Deus é e da incredulidade dos religiosos da época.
Só um homem que conhece as Escrituras tem condições de apresentar não um argumento como defesa, mas uma Pessoa. Em I João 2:1 diz que existe um Advogado, Jesus Cristo, em defesa do pecador arrependido.
A defesa de Estêvão se resume em: “Eu creio em Cristo. Não sei aonde isso vai me levar, o vai me custar, mas bem sei em quem tenho crido”.
Não existem argumentos para o medo e para não confiar no Senhor quando se conhece o Deus das Escrituras. Quando o apóstolo Paulo citou “eu bem sei em quem tenho crido” (II Tm 1:12), não ficou frustrado diante de tantas e tantas intempéries que se fizeram presentes em sua jornada.
O contrário também acontece. Pedro declara não conhece-lo no momento “do contrário”, que ele não havia programado (Mc 14:68).
Você conhece a Deus e sua história a ponto de poder descansar em suas mãos nos momentos de julgamento falso? Já se deparou com alguma circunstância tão crítica, onde não havia nenhuma outra saída, e pôde mostrar-se como alguém que conhece aquEle que conhece a ti?
A nossa defesa é a Palavra. É a história de Deus. Enquanto Estêvão expunha as Escrituras, relembrava o poder de Deus em cada etapa das grandes personagens bíblicas. Deus não se ausenta da vida de um homem cuja vida tem por defesa o histórico de Deus, o currículum vitae infinito de Deus.


2º - O Olhar de Estêvão era firmemente para o céu:

Olhar firmemente para Jesus é assunto de Hebreus 12:2. Na NTLH diz “conservemos os nossos olhos fixos em Jesus”.
Só olhando para o céu podemos ver a Glória de Deus. Só quem tira os olhos das circunstâncias e das coisas que ocorrem ao derredor, conseguem ver a Glória. Só quem busca as coisas de onde Cristo vive consegue ver o invisível.
Quando Pedro, Tiago e João subiram com Jesus para o monte (que ficou conhecido como o “monte da transfiguração”), os discípulos fixaram os olhos nos profetas, mas só puderam ver Glória quando olharam para Jesus. Moisés, ao clamar a Deus: “Senhor, mostra-me tua glória!” (Ex 33:18), pôde ser saciado no monte da transfiguração. Paulo, enquanto fixava os olhos na lei e na religião, vivia cego, mas Jesus matou sua cegueira com outra cegueira. Quando Paulo viu a Luz, que é Cristo, ficou cego e passou a enxergar. Enquanto Pedro olhava para Jesus, andava sobre as águas, mas ao perceber o vento e as ondas ao seu redor, começou a afundar.
Olhar firmemente para o céu é olhar para Jesus. E ao fixar seus olhos para o céu, Estêvão teve uma visão esplendorosa:


3º - O Olhar firme de Estêvão viu Jesus em pé ao lado direito de Deus:

Estêvão não O viu pregado, pedrado como uma imagem, perdido, derrotado, assustado, com pena, mas em pé. Decerto que em outros textos, sobretudo em Apocalipse, relata que Jesus está assentado no Trono. O que importa na análise não é simplesmente compreendermos que Cristo levantou para receber Estêvão, mas que estando assentado no Trono ou em pé significa uma coisa: Ele é Deus.
O “lado direito” é uma figura de linguagem. Quer dizer que Jesus tem toda a primazia, todo o poder. Porque Jesus não tem espaço, lado. Em sua defesa, Estêvão aborda isso: (At 7:48-50). O texto quer dizer: Deus não cabe! Não cabe na religião, não cabe em lugares, não cabe no espaço, não cabe na igreja católica nem na evangélica, mas cabe dentro de mim. E aquele que em mim habita é poderoso, está em pé, está assentado no trono, está à destra de Deus Pai Todo Poderoso e nada pode acontecer sem o seu consentimento.
Nenhum cabelo cai da minha cabeça sem o seu consentimento; nenhuma folha no meio da Amazônia cai sem que Ele saiba e permita; nenhuma criança morre de fome sem que Ele sofra; nenhum sofrimento é vão se o sofrimento é por causa da Verdade; nenhuma morte ocorre sem que Ele tenha se manifestado; nenhuma luta é só; nenhuma derrota é o fim quando Ele está envolvido. E digo: Deus está envolvido em tudo o que acontece nesse universo. Jesus está em pé.


4º - A penúltima oração de Estêvão:

Estêvão é um discípulo que glorifica a Deus na vida e na morte. Ele faz a entrega do seu próprio espírito. Assim como sua vida, sua morte pertencera a Deus. NEle nos movemos e existimos e a morte nada mais é do que existir plenamente em Deus. A vida para Estêvão era Cristo e a morte passou a ser o lucro.


5º - A última oração de Estêvão:

Estêvão passa pela cruz antes de passar pela sua morte. Demonstra ser discípulo do Cristo da cruz ao pedir que Deus perdoe aqueles que o matavam.
Paulo era foco da oração. Assim como citei várias vezes o apóstolo Paulo, não tenho dúvidas de que a vida de Estêvão o inspirou por diversas vezes em sua caminhada cristã.


CONCLUSÃO:

Qual será sua última oração? Você estará apedrejando ou sendo apedrejado? Estará vivendo uma vida muito abençoada e poderosa ou miserável e vazia?
Deus deseja que todos sejamos muito abençoados e cheios do poder do Alto, resta saber se ansiamos ser dignos de apedrejamento.

NA GRAÇA, QUE ME PERMITE VIVER PODEROSAMENTE UMA VIDA DE BÊNÇÃOS E PEDRAS
LELLIS

2 comentários

Mariáh C. disse...

que eu viva abençoada por Deus e cheia de poder, mas digna de apedrejamento!

NA GRAÇA,
MARIÁH



rs

NELSON LELLIS disse...

Mariáh, minha querida discípula...
Essa é uma oração muito perigosa, mas não temos saídas quando desejamos tão-somente a Cristo.

Abraços.

Nelson Lellis

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