Inspirado por Jonas, cap. 3:
Ainda sujo de areia, esperneia meu senso de justiçaComo o voto fora feito ainda num ventre socorristaSeguirei porque tenho saudades do Templo, de AmitaiAinda que por quarenta dias seja peso, pesaroso esse “Ai!”Percorrerei...Ah, se um menino desses não quisesse!Ah, se um mudo não repetisse a prece!Ah, se uma vaca não jejuasse!Ah, se o rei atrás voltasse!Mas a Palavra dEle extenuou o pecado,Consagrou, sangrou coraçõesVi em mim a impossível chance de dar erradoE a cada passo, percorrendo a cidade,Minh’alma se abrigava nos rincões.Era a cidade, agora luminosaEram meus rins, meu ventre, minhas pálpebras tenebrosasEra deles o lamento do arrependimento,A música do quebrantamento na esquinaO pano de saco e as cinzasEra eu, um profeta bem-sucedido,Mas um homem, que na alma, só há escoriação.Percorrerei para o cimoAssistirei a humilhaçãoAssim...Ainda sujo de areia.
LELLIS
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