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NADA CONSTA


COPEIRO DO REI escreve...

Nossa sociedade está deflagrada. As crianças, desesperançadas. As famílias, escatologizadas. O mundo, carismático demais, com padres artistas e pastores com suas pequenas (ou gigantescas) igrejas e grandes negócios. Educação, desestimulada e desvalorizada (tanto por alguns docentes como para alguns discentes). Segurança, desprendida do seguro do pão de cada dia. Sublinha-se a escassez de métodos construtivistas e incongruência coletiva. O individualismo está encabrestando às redes ditas "sociais" (rede social, mormente na internet, é um engodo). O esgotamento do sagrado é notável (como relata Mircea Eliade), mesmo num país que não passou pelo desencantamento, como explicado por Weber.
O que tem sido da cultura de nossa nação? Temos sido agredidos nas ruas e nos sofás. A programação em canal aberto é-nos aberta para entraves coletivos e afetivos. A poesia é trocada por banalidades, pelo avesso do avesso do avesso. A política requer confiabilidade dela mesma e em si mesma. Em suma: o caos existe e ele se chama: ausência de absolutos eternos.
O que fazer num mundo tão calamitoso, e cheio de vazios existenciais? As doenças dizimam incalculáveis seres humanos desta casa (como Leonardo Boff analisa) tão apertada. A mesma casa testemunha sua queda por conta das mutilações éticas da própria humanidade. Há uma luz no fim do túneo? E o que importa luz no fim do túneo se há minas pelo túneo escuro?
A necessidade de nossos tempos é tentar enxergar o mínimo de esperança enquanto se caminha neste tempo-espaço tenebroso. E só uma palavra nos garante algo na vida: certeza. Quando temos certeza ou certezas, arriscamos. Arriscamos? Fé é certeza de correr riscos em total segurança. Digo certeza com absoluto, pois caso contrário, as certezas acionadas continuarão causando retrocesso na humanidade.
Jesus é a nossa certeza. Certeza da vida triunfal - não triunfalista (até porque não cabe diante tanta elucidação do contexto social feito acima). Jesus é a certeza de nossos passos. Jesus é a certeza de que já temos lugar com Ele e nEle. Jesus é a certeza de que, mesmo que vivamos num mundo carregado de registros contrários, nos será exposto durante a eternidade que, por causa dEle mesmo, em nosso histórico de tantos erros, NADA CONSTA.Outrossim, não se pode riscar a responsabilidade de um cristão ante as tantas tragédias. Se por um lado NADA CONSTA, por outro, tudo consta. A responsabilidade de lutar por uma sociedade mais justa. O que importa ter uma igreja evangélica com um rol de membros abarrotado, se do lado de fora continua piorando? Esse ethos religioso é decadente! Precisamos de uma igreja "nada consta" mais responsável pelas crianças, pelos idosos, pelas viúvas, pelos desabrigados, pelos desviados, pelos tantos "des" deste país.A história de nossa nação é desenhada pela religião. A religião, que com o fio da espada, encabeçou os rumos soberbos e desafiadores do "crescimento". Hoje, a religião cresce e o país decresce. O problema não é a ausência da espada, mas da boa certeza. Quando se vive dela, com ela e por ela, se interrompe muitas desgraças e a visão do mundo para a igreja é de gente que tem certeza do que é a vida, por isso luta, com a própria vida, para demonstrar que Jesus é o que nos limpa. Somente Ele.
NA GRAÇA, ONDE NENHUMA CONDENAÇÃO HÁ PARA OS QUE ESTÃO EM CRISTOLELLIS

2 comentários

Mariáh disse...

Nossa, que texto impactante ..
\o/
Jesus é a minha certeza !

:D
Té mais,

Mariáh

José Corsino Júnior disse...

Nelson,
Lendo o seu texto entendo que o grande conflito está justamente entre o interior das pessoas, caracterizado pelo espírito, e o exterior, intensamente caracterizado pelo materialismo.
A qual destes lados dar mais ênfase na vida talvez seja a questão. Porem, acho que quando se vive ordenado pela religião, que consequentemente nos coloca Deus em primeiro lugar, não nos priva de nossas necessidades materiais. Haja visto que nela mesmo encontramos a palavra: ” Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo.” Mateus 6, 33.
Assim, fica claro que não devemos olhar para o mundo com os olhos do "homem", mas com os olhos do "espírito". Isso não quer dizer que sejamos pessoas apáticas ou paralisadas perante as condições do mundo.
Acho que Deus provem à aquele que batalha para o seu sustento e procura se desenvolver em seu trabalho, sendo eficiente em seu propósito profissional.
Deus não quer que sejamos como aquele que por covardia enterrou os seus talentos: “Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor” (Mat.25:18), mas certamente não quer que por arrogância ou autosuficiência deixe de lado o mais importante que é colocar o seu Reino em primeiro lugar (Buscai primeiro o reino de Deus (Mat VI, 24-34; Luc XII, 22-32).

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