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AMOR E BUSCA - Uma lição de Mateus 13:53-58

"E aconteceu que Jesus, concluindo estas parábolas, se retirou dali.
E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas?
Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?
E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto?
E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa.
E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles." (Mateus 13:53-58)


COPEIRO DO REI escreve...

INTRODUÇÃO

Vivemos num mundo onde a profecia do Senhor Jesus se cumpre: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24:12).
Em várias áreas da vida notamos muitos sentimentos reinando. Nos relacionamentos familiares, no seio da igreja, nos afetos de amizade. E quando isso é notado, o amor a Deus também é enfraquecido, porque não há como amar a Deus, a quem não se pode ver, se não ama o irmão a quem se vê. O temor a Deus se vê através dos relacionamentos e das escolhas.

A devoção está se esfriando, a vida de oração está se esfriando, a visão que se tinha de Deus está se esfriando, a vida de testemunho está se esfriando, as palavras de encorajamento e amor estão se esfriando...
De certo que Deus disse à Igreja de Laodiceia (Ap 3:15,16) que preferia um comportamento frio ou quente, mas nunca morno. Quando Ele trata sobre esse “amor frio” não está declarando sua preferência, mas está dizendo: “Decida-se logo”. O amor frio para os discípulos não é uma colônia de férias, mas um tempo de descuido. Portanto, volte logo para o aconchego, para o calor.

Para essa igreja “rica”, que dizia ter tudo, Jesus diz para comprarem ouro puro (para que pudessem saber que a verdadeira riqueza da vida vem dEle), roupas brancas (símbolo de pureza e vitória) e colírio para os olhos (para que pudessem ver: a Deus e às pessoas com amor). Às vezes, aos nossos olhos, a vida vai bem, mas precisamos enxergar a vida com os olhos dele, e o termômetro se dá quando esse amor é real sobre nós.

O desejo de Deus é que a vida seja quente. E o remédio contra essa iniquidade, essa desatenção que esfria o amor não é outro senão o próprio amor. Notemos o que o apóstolo Pedro escreveu sobre o assunto: “Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (I Pe 4:8).

Há uma questão que pode ser tranquilizada diante do verso acima. Se o amor se esfria é porque ainda há amor. E se ainda há amor, há esperança de um recomeço.

Ainda sobre a igreja de Laodiceia, o tão conhecido verso “Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei...” é justamente para aqueles que conhecem a Jesus, mas a visão foi embaçada, a caminhada afetada pelas estranhezas da vida. Para que se inicie o processo da saída da frieza espiritual é necessário compreender que Jesus precisa estar dentro. Se Jesus não estiver dentro, não há amor, não houve conversão genuína, não houve transformação, ou não houve entrega suficiente.

Diante do texto de Mateus, o que era publicano, que recebia as críticas de seus antigos amigos e de toda a população de Cafarnaum por ter se convertido ao poder do Império. Era um traidor da pátria. Um traidor da nação judaica. Um traidor de Deus. Mateus que foi chamado com uma simples frase: “Segue-me” (uma palavra de amor, ternura), sentindo o amor de Jesus, algo que provavelmente não tinha por parte de nenhum mestre religioso, escreve esse texto. Ele traz algumas implicações: Primeiro, é importante salientar que Jesus estava contando parábolas sobre a semente da Palavra, pregando o Evangelho do Reino. E se existe algo que aquece o coração é a Palavra de Deus. Basta recordarmos o caminho de Emaús, quando os discípulos estavam caminhando e sentiam o coração arder enquando Jesus expunha as Escrituras.

Aqui, Ele ensina e as pessoas ficam admiradas. Jesus está em Nazaré. Narazé é uma cidade alta, em cujas rochas estavam os túmulos. Cercado desse cenário de morte, Jesus traz Palavra de poder, de aquecimento de vida, de amor.
Três pontos que saltam aos nossos olhos:

1) A Busca nos causa admiração:
Milagre, do latim miraculum, do verbo mirare, que significa maravilhar-se. Milagre é maravilhar-se. As pessoas estavam maravilhadas, admiradas. Isso enquanto buscavam respostas: De onde veio a este a sabedoria, e o poder para fazer milagres (maravilhas)?”.

A busca é um gerúndio na vida do cristão. É o “indo”, “fazendo”, “crescendo”. O cristão precisa compreender, de uma vez por todas, que ele não está pronto. Ele não pode parar, não pode cessar, não pode brincar abrindo concessões. O cristão urge por permanecer a sua busca. Essa busca significa permanência.

“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.” (I Jo 2:19)

Maravilhar-se é viver em busca contínua. É viver o cotidiano, o simples sem descartar a possibilidade do sobrenatural (caso da sarça ardendo sem ser consumida). O amor, a admiração pela devoção acabou, se esfriou na vida de muitos. É tempo de buscar. Enquanto muitos querem respostas, Deus deseja que O busquemos, continuemos a buscá-lo para conhecê-Lo, prosseguir em conhecer a Jesus. Precisamos permitir que Jesus cause admiração em nós. Isso é responsabilidade nossa. Quando buscamos “De onde vem essa sabedoria e poder?”, vamos à raiz, à fonte, a Deus.

2) A Resposta terrena nos causa desilusão:
Jesus causa desilusão e escândalo naqueles que acham Deus. Daqueles que conhecem tanto a Jesus que se tornou comum. Ele é daqui, sua família é daqui, conhecemos todo mundo.

Há um grande problema na vida daqueles que declaram conhecer tanto a Jesus que acabam tratando-O como mais um na vida. É daqui, é gente nossa, é um dos nossos.
Jesus permite a amizade, a intimidade, mas não se pode tê-Lo como comum. Jesus é para o cotidiano, mas não é cotidiano. Ele é de todo dia, mas não é rotineiro.
Há muitos desiludidos com Jesus porque acharam nele um ponto final, uma conclusão.

Deus não tem ponto final. Ele não é uma pessoa que cabe em algum lugar ou em uma religião. Jesus não é tudo isso aqui. Jesus não é tudo o que você conhece, que você sabe, que você já leu, que você já viu. Se você acha que Jesus é isso que você já sabe, Ele é apenas um ídolo, um deus funcional, um deus que traz desilusão. Se temos resposta sobre Deus, quando enfretarmos tempestades, vamos ficar desiludidos com Ele porque nossa resposta é terrena.

3) O desrespeito (desonra) é uma barreira para a ação de Jesus:
Jesus sabia que eles, na informação de Lucas 4:23, desafiariam a fazer os mesmos milagres que fizera em Cafarnaum (e foram muitos), agora em Nazaré, a terra de sua mãe, a sua terra, a sua pátria. Jesus queria realizar muitas coisas em Nazaré. Lucas narra o texto que Jesus havia pregado na sinagoga (4:18,19). Jesus desejava ser Jesus em Nazaré, mas na visão do povo era apenas o filho de José e Maria. Era comum. Todos já estavam fartos de conhecimento da pessoa e da família de Jesus: “A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce”. (Pv 27:7)

Marcos (6:6) registra que Jesus ficou admirado com a falta de fé dos nazarenos. Jesus ficou admirado e essa admiração causou barreira para as maravilhas que desejou fazer. O que Ele faz? Segue para as outras aldeias ensinando a Palavra que aquece o coração.

Por vezes pensamos que Jesus está admirado com a nossa retórica, com a nossa forma de trabalhar, de agir, mas sua admiração é por alguém que faz tudo sem busca, sem devoção, sem amor, colocando ponto final em Deus, achando que Deus não deve continuar a ser conhecido.

CONCLUSÃO
Concluo dizendo que o ardente desejo de Jesus é que venhamos a aprender. Nazaré estava cercada de mortos pelas rochas. Ou olhamos para Jesus e cremos que Ele é aquele que ressuscita o que está na rocha, ou continuamos a declarar que conhecemos esse Jesus comum da igreja.

Que o Senhor nos dê coragem de prosseguir para o alvo! Que o Senhor nos favoreça em todo bom caminho! Que o Senhor nos auxilie a comprar ouro puro, roupas brancas e colírio! Riqueza no Senhor, santidade e visão correta da vida. Amor. Amor. Amor. Fogo. Fogo. Fogo.

NA GRAÇA, QUE FAZ NO FAZ COMPREENDER QUE O AMOR É MAIS FORTE QUE A MORTE
LELLIS

5 comentários

Mariáh disse...

Finalmente quando decidi anotar toda a pregação, você a posta aqui . Mas tudo bem, sempre bom né .

Até mais !
NA GRAÇA, QUE TAMBÉM ME FAZ COMPREENDER QUE O AMOR É MAIS FORTE DO QUE A MORTE .
Mariáh *-*

Nelson Lellis disse...

Ah, sim...

Espero que tenha sido edificada com a mensagem. Postei alguns pontos importantes do texto de Mateus.
Abraços, cara discípula.

Nelson Lellis

Fabiana Graziola disse...

O amor divino é tão simples que não parece ser de verdade.
Antes da Eternidade, gostaria muito de te ver pregando.
Graça, paz e abraços paulistanos a você e sua família.

Nelson Lellis disse...

Olá Fabi...
Que bom ler seu comentário!
Espero que o amor de Deus continue permeando seu ser.
O Senhor nos dará oportunidade nova para nos reencontrarmos.
Grande abraço pra ti!

Nelson Lellis

Anônimo disse...

Obrigado

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