Jó - nas mãos de um Deus que permite

"O Senhor disse a Satanás: 'Faça o que quiser, mas não o mate'." (Jó 2:6)

COPEIRO DO REI escreve...

“Faça o que quiser”
A NTLH é a mais radical das traduções sobre o texto. Enquanto os demais falam: “Ele está em suas mãos, ou em seu poder, ou ao seu dispor (Sociedade Bíblica Britânica)”, aqui lemos “Faça o que quiser”.
Esta frase de Deus revela que não há como escapar do Senhor Soberano. “Faça o que quiser” nos diz que a vida é mesmo uma caixa de surpresas. Podemos estar muito bem nos relacionamentos familiares, financeiramente e até com Deus, mas tudo pode mudar de um dia para o outro, com ocorreu com Jó.
Quando Deus diz “Faça o que quiser” não está declarando a inexistência de nosso livre arbítrio, e sim, que não temos nenhum controle sobre as circunstâncias da vida, já que o amanhã a Deus pertence, como diz o ditado.
Nossa caminhada está ao dispor de Deus. O que isso quer dizer? Deus quer e precisa trabalhar em nós, impreterivelmente, para que voltemos no molde de sua imagem e semelhança. É o caminho do discipulado.

Deus é Soberano
Lidar com um Deus que dá legalidade ao inimigo para mexer com a vida humana parece frustrante, mas se convertermos nossa visão para um Deus tão poderoso, onde o inimigo precisa pedir autorização no céu, é mais tranquilizante.
Ao falarmos de livre arbítrio não tratamos do homem como deus das circunstâncias, e sim, como aquele que agora tem o poder das escolhas e atitudes pela própria graça de Deus. Portanto, Deus move ou permite as circunstâncias para que o homem O glorifique através de seus atos. Até porque, Deus poderia trabalhar em Jó sem usar o inimigo.
No caso do bom samaritano, o sacerdote e o levita tiveram a liberdade de escolher entre acudir o homem caído ou ignorá-lo. Enquanto preferiram ignorá-lo, o samaritano decidiu ajudar. A estrada é a mesma, as escolhas diferem.

“mas não o mate”
No mesmo verso, Deus coloca um limite ao dizer “mas não o mate”. Fica bem claro, então, que o final da nossa vida não é decisão de satanás; é Deus quem nos conduz em triunfo e para o triunfo. O inimigo não tem poder de decisão sem permissão de Deus. O final sempre tem um toque especial do Senhor, basta observarmos o último capítulo dessa história. O último capítulo descreve:
• Declaração sobre Deus e da experiência;
• Oração;
• Reconciliação / relacionamentos restaurados;
• Reestruturação (diferente de restituição) na vida sentimental e física;

O Bastante de Deus
Tudo termina quando diz que Jó viveu o bastante para ver netos e bisnetos. “Viveu o bastante” não é viver muitos dias (embora Jó tenha vivido muito mais de 140 anos), mas viver até cumprir o roteiro de Deus. Deus tem o bastante para nós.

NA GRAÇA,
LELLIS