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Sobre O Valor da Amizade e Assuntos do Céu


"Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai". (João 15:13-15 NTLH)


Ninguém vive sozinho. Tom Hanks fez um filme chamado "Náufrago". Sobrevivendo em uma ilha, tinha alguns objetos que vieram com ele daquele avião. Um dos objetos foi uma bola de vôlei que ganhou nome, rosto e personalidade. A personagem de Tom Hanks deu vida à bola para que tivesse alguém para conversar, compartilhar das dificuldades e até dar conselhos.

Todos nós temos um amigo muito íntimo: nós mesmos. A quem confiar um segredo para não vazar? A mim mesmo. A quem creditar cifras em poupança sem preocupação? A mim mesmo. Todos temos uma visão idealista de nós mesmos. Geramos em nossa consciência a convicção de que somos a pessoa certa para qualquer coisa, mormente se essa coisa nos fizer permanecer no centro das atenções. Enfim, somos o que o somos e admitimos que nada pode nos separar de nós mesmos até que eu mesmo mude de ideia.

Quando Jesus disse os versos supra, estava desejando trazer uma nova visão para seus discípulos: para que deixassem de olhar para si mesmos, olhassem para Ele e, assim, conseguiriam olhar para os outros como Deus os enxergava. O tema da amizade é enfatizado por Jesus de forma poética e magistral. Não há como não se apaixonar por sua metodologia de vida. É imprescindível que coloquemos os ensinamentos de Cristo ao lado de líderes religiosos. Os líderes quiseram erguer seus nomes para terem conhecimento de que um dia acertaram em fazer o bem; já o Cristo teve como foco da caminhada o erguer do nome do Pai para que o Pai revelasse sua natureza divina através do Filho e, assim sendo, os seus discípulos entendessem que o Pai e o Filho são um dando a liberdade para que os discípulos sejam um em si mesmos na comunhão e por caminho de Jesus. Mesmo que isso pareça tão ilógico e deveras incompreensível, é só aceitarmos o seguinte: a vontade de Cristo é que todos estejam ligados nEle para que a humanidade se encontre para viver.

O valor da amizade de Cristo é indizível. Ele não apenas discursa, mas, sobretudo, demonstra com a própria vida que o verdadeiro e bom amigo é aquele que se dá até a morte. Ele vai fundo: o verdadeiro amigo é o que divide os segredos do Pai de modo que todos os que pertencem a uma via de obediência aos seus ensinamentos, são contemplados com os assuntos dos mais altos céus. Ou seja, uma amizade com Jesus rende notícias de primeira mão daquilo que Deus deseja e pensa de nossa caminhada. Diante de Cristo temos uma nova identidade: não somos mais empregados (servos) com um sentido pejorativo, mas sim, somos amigos. E os amigos verdadeiros se fazem servos uns dos outros a tal ponto de não negarem a morte pelo próximo, porque, na verdade, quem ouve os assuntos celestiais e reconhece que o descortinamento do Santo dos santos é real, o morrer é valor de amizade intrínseca.

Espero que sua visão esteja no amor de Cristo. Se assim o for, o amor de Cristo o capacitará a viver uma vida que faz sentido, porque sem amor de nada adianta o alarde. O amor de Cristo surtirá efeito através de você para que haja vida na comunhão com o próximo e vida com a Videira Verdadeira. Até porque, sem Ele não se faz nada, não se constrói nada e não se caminha com ninguém. Agindo de acordo com as palavras desse Rabi, nossa vida não terminará tecendo comentários com uma bola, sozinho em uma ilha deserta... bem distante de tudo e de todos.

Vale a pena morrer pelos amigos? Ora, se vale! Sou eu o fruto do penoso trabalho de Cristo. Ele me chama de amigo.

NA GRAÇA, 
LELLIS

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