
COPEIRO DO REI escreve...
Desejando assimilar os recôncavos de uma família, é complexo ter de saber que não há o que adereçar porque tudo o que dentro de uma casa se é, se é. Não se joga o esconde-esconde, está tudo às claras. O marido é para a esposa aquilo que mostra no lar e vice-versa; os pais são para os filhos da forma em que delimitam pelo amor.
A banalidade com que tem se construído uma família é gigantesca. Por mais que os tropeços sejam óbvios e as extremidades cada vez mais gritantes, o amor é a causa menos importante em vários palcos familiares. Não é mais comum a luta por um cônjuge digno para o qual se dedique toda a vida, mas sim, a ideia de popularizar o “se não der certo, a gente separa”. A conformidade em entrar numa “firma” onde já, claramente, se prevê o trágico fim, é absurda. Vivemos em um tempo onde se cria, experimenta e abandona a família. O pior de tudo é o fruto dessa experiência que começa a crescer com todas as suas peças mecânicas fora do lugar. Os pais, ou melhor, criadores, lançam a experiência como um logotipo de mais um casal moderno que adotou o sistema de permitir que a criação de ambos sobreviva com um de cada vez por semana.
A separação é uma das causas mais significativas na vida de uma criança. Torna-se um modelo de vida e um padrão que obedece aos seus próprios instintos psicológicos e patológicos. É mais cômodo trocar por um novo do que renovar o viço. Quando se troca, se troca na ignorância de não saber que o novo um dia também necessitará de uma renovação. E a roda só vai girando. Os filhos, ou criações, só vão sendo lançados para as mesmas experiências de vida até que a adolescente engravide e não tenha condições de criar sua criação. O pai estava longe, os limites eram a limitação para a própria mãe com medo de perder a menina, por isso a tal “liberdade”. O rapazinho começou bem cedo nas baladas, nas bebedeiras e nas orgias sem fim. O acúmulo de razões para pensar que toda essa entrega traria para si mesmo um desconforto à tão desatinada carência da estrutura familiar o faz provocar as noites escuras para tornarem-se claridade em seu coração empedernido do amor que jamais teve: o de família criada por Deus e não um plano B inventado pelo homem.
A sociedade cresce com uma base medonha: rachaduras enormes na estrutura concreta da família. Há herois que conseguem se encontrar pelo chão da vida mesmo com um enredo tão desconectado do plano de Deus, como eu, conquanto, muitos outros ainda carecem de ajuda médica ou, infelizmente, até policial.
O plano “A” de Deus é bom. A família não desaparecerá da terra, como muitos já predisseram. O plano “A” de Deus é eterno. Deus não tem um plano B para a família. Ele coloca as cartas na mesa e não tem pressa alguma que você jogue para a continuação do jogo da vida. Portanto, saiba qual carta escolher, caso contrário, sua cooperação será para uma geração cada vez mais dramatizada e sem raízes, quero dizer, longe do plano “A” de Deus.
Que o Senhor abençoe sua casa e seus filhos! E que os filhos, mesmo em estado de criatura, saibam crer que a família também é plano “A” para seus futuros.
NA GRAÇA, QUE ME DEU NOVA CASA
LELLIS
Nenhum comentário
Postar um comentário