
"A maior necessidade de nossos dias é poder do alto". (Charles Finney)
Conversava com uma amiga de outra comunidade evangélica sobre avivamento. Ela disse-me: "É um assunto gerador de polêmica". "Não", disse eu. Polêmica se dá quando as partes conhecem o assunto e têm suas formas de lucubrar. Avivamento, creio eu, não é um assunto que o povo brasileiro, em sua grande maioria, conhece.
Avivamento não pode ser discutido. Ele não é um ruído na mensagem de domingo, um surto psicótico no meio do louvor ou uma prolongada rajada de "línguas espirituais". Não! Se quisermos continuar apostando, por que não dizer que avivamento é um toque especial de Deus em algumas áreas, a começar da Igreja? A sociedade, a política, a ordem sobre o caos são ruas por onde Deus passa no reavivamento.
Uma Igreja saudável, buscando a face, a Glória de Deus, além das bênçãos; uma Igreja santa e irrepreensível na sociedade; uma Igreja aberta ao pecador e atenta para o trabalho social. Uma Igreja que não personaliza o pecado. É isso que representa o reavivamento.
Uma política transparente, justa e com distribuição leal do dinheiro público; uma política que não distorça a verdade nem compre o simples; uma política com pudores, com moral, sem deturpar a Lei de Deus e capaz de dizer NÃO aos projetos indecorosos que causam ou causariam mal estar na sociedade e na família. É nisso que a gente poderia apostar sobre o reavivamento.
Uma sociedade que aplauda o verdadeiro heroismo (ou ao menos pequenos atos heróicos) e convoque a si mesma para orar pela Pátria amada onde há gafanhotos devorando a riqueza do país; uma sociedade cuja força esteja em alegrar-se nas coisas que vêm do alto, de onde Cristo vive; uma sociedade piedosa e que respeita o direito do próximo; uma sociedade verdadeiramente povo, que sabe divorciar-se da iniquidade, dos banhos de Sodoma e Gomorra. Lima Barreto já dizia: "O Brasil não tem povo, tem público". Uma sociedade que não assita, mas que honre sua Constituição Maior. É isso que representa o reavivamento.
"Eu estendi minha mão e toquei a chama. Agora eu estou queimando e esperando por um sinal". (Evan Roberts, pregando na Capela de Moriah, Dezembro de 1903)
O que estamos esperando? Que nossos joelhos possam dobrar-se diante da necessidade que temos de um reavivamento demonstrando, assim, que somos totalmente dependentes do trabalho de Deus. E não seria isso que representa o reavivamento? Acho que é uma boa aposta, se é que apostamos em algo.
NA GRAÇA
LELLIS
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