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Titulo

A INFALIBILIDADE PAPAL OU BENTO XVI, O PAPA QUE NÃO É POP


COPEIRO DO REI ESCREVE...

(*) Tese romana:

E’ o PAPA infalível quando “ex-cáthedra”
define matéria de fé ou de moral.

Tese protestante:

Muitos papas têm definido “ex-cáthedra”
matéria de fé ou de moral contraditoriamente.

A infalibilidade do Papa

“...como se fosse Deus!”
S. Paulo, II Ts. 2:4

O Concílio do Vaticano decretou:
“Ensinamos e definimos ser dogma divinamente revelado que o Pontífice Romano quando, desempenhado o cargo de Pastor e Doutor de todos os cristãos, com a suprema autoridade apostólica define que uma doutrina relativa à fé e aos costumes deve ser criada pela Igreja universal, em virtude da assistência divina que lhe foi prometida na pessoa de São Pedro, goza da infalibilidade com que o Divino Redentor dotou a sua Igreja ao definir as doutrinas de fé e de costumes; e que, portanto, as definições do romano Pontífice são, por si irrevogáveis e não em virtude do consentimento da Igreja. Se alguém, o que não praza a Deus, ousar contradizer esta nossa definição, seja anátema.”

“É mais fácil endireitar a sombra de uma vara torta do que entender o dogma da infalibilidade.”
Camilo Castelo Branco

O privilégio concedido não é à pessoa do Papa, mas à sua função, seu cargo. Na esfera de sua atividade particular, o Pontífice fica sujeito ao erro no campo intelectual e à pecabilidade no campo moral. Como homem, o Papa pode ser erudito como Bento XV, moralista como Gregório Magno, eloqüente como Pio IX. O teólogo, o escritor, o pregador são tão falíveis com a tiara como sem ela. João XXII condenou como Papa o que sobre a visão beatífica houvera sustentado como teólogo particular. Gregório XI, no seu testamento, reprova quanto de errôneo ou contrário à ortodoxia houvera podido afirmar nos seus ensinamentos privados. Para que seja infalível é necessário que o Papa proceda como Papa, no exercício atual de sua função de chefe supremo da cristandade.
Resumindo: O exercício da infalibilidade pontifícia está essencialmente condicionado por duas cláusulas: “1º) o Papa deve definir ex-cáthedra, no sentido que largamente deixamos explicado; 2º) o objeto da definição deve ser uma doutrina relativa à fé ou aos costumes”.

E saturados pelas mil e umas condições da infalibilidade, só encontramos uma dificuldade: entre tantos, escolher um exemplo para, dum só golpe, lançar por terra todo esse castelo de cartas.
Ensina a Lógica que uma proposição universal afirmativa como esta do Rev. Franca: “Todos os papas são infalíveis quando...”, se refuta com uma particular negativa: “Certo para não foi infalível quando...” E com efeito. Se um não foi não se pode afirmar que todos foram. É uma questão de fato: basta um!
Citarei alguns exemplos...

PRIMEIRO EXEMPLO

Como se achava muito adulteradas as cópias da Bíblia católica que corriam mundo, a despeito da guarda vigilante, diuturna e inspirada da Igreja romana, ordenou o concílio de Trento que se publicasse uma edição dela, escoimada dessas adulterações. Empreendeu essa tarefa o papa Sixto V. e para nada escapar à sua infalibilidade fez-se ele próprio revisor das provas tipográficas.
O conhecido filósofo, o ex-padre Santos Saraiva, na sua esplêndida versão dos Salmos de Davi, que corre sob o nome de Harpa de Israel, apontou e justificou, só neste livro, nada menos que duzentas e setenta e três (273) discordâncias entre o texto da Vulgata e o original hebreu. Onde iríamos parar com o “ne minima quidem particula...” se o confronto se estendesse a todos os livros da Bíblia?!

SEGUNDO EXEMPLO

Papa Gelásio I (492)

“Certamente que o sacramento do corpo de Cristo que recebemos é coisa divina. Todavia, a substância ou natureza do pão e do vinho não muda, e não resta a mais pequena dúvida de que a imagem e semelhança do corpo de Cristo se celebram na ação dos mistérios”.

Papa Paulo III (1561)

“Se alguém disser que no S. S Sacramento da Eucaristia a substância do pão e do vinho permanece juntamente com o corpo e o sangue de N. S. Jesus Cristo e negar aquela maravilhosa e singular conversão de toda a substância do pão no corpo e de toda substância do vinho no sangue, ficando somente as espécies de pão e vinho, seja anatematizado”.

Ainda poderia citar o Concílio de Constança, com a sanção de Martinho V; poderia falar sobre João XXII que subiu à cátedra e disse: “após a morte, os santos não gozam imediatamente da visão beatífica de Deus” (heresia notória que provocou enorme escândalo, à vista da qual, retratou-se o Papa do que ensinara). E o que dizer do Concílio de Trento, com a sanção de Paulo III, que disse: “quem der aos comungantes do pão consagrado e do vinho consagrado seja anátema”?! (E Jesus Cristo deu!).

É bem possível, e sem nenhuma dúvida, que alguma vez haja o Divino Espírito Santo falado por boca dalgum Papa romano. Isto, porém não implica na infalibilidade. Certa vez não falou por boca de Caifaz, Sumo Pontífice?! E nem por isto deixou este de ser apóstata, a ponto de condenar Jesus Cristo. Outra vez não falou por boca de Balaão, profeta venal, que, por dinheiro, propôs-se a amaldiçoar o povo de Deus? Mas o Divino Espírito Santo o constrangeu a proferir bênção! Não falou outra vez por boca de uma jumenta, para repreender a insipiência do profeta? Que muito é, então, que uma ou outra vez haja falado por boca dos Pontífices romanos? Mas daí conclui-se que fale sempre, nas condições prescritas pelo dogma, não só vai uma distância infinita, como ainda seria necessário creditar ao Divino Espírito Santo proposições erradas ou contraditórias.
Infalível é só Deus! Nem por habitar o Espírito Santo em nossos corações e ensinar-nos em toda a verdade nos tornamos infalíveis. A infalibilidade que se atribui ao Papa romano, nada menos é que um capítulo da secular deificação dessa personagem predita por São Paulo.

Não consegui ainda assistir na história um papa que tivesse uma vida limpa e, sobretudo, em conformidade com as Escrituras.

“Assim como aceitamos as coisas que estão escritas, também rejeitamos as que não estão escritas.”
S. Jerônimo, Adv. Helvid

Em uma terça-feira (10/07/2007), o Vaticano apresentou um documento. As palavras eram do dito (mais um) “infalível” Papa Bento XVI: “Só a Igreja Católica tem o caminho completo para a salvação. As outras igrejas - ditas - cristãs não são verdadeiras.”
É tão complicado ler a Bíblia e ouvir o Bento dizer tudo isso. Jesus nos diz para segui-LO, depois o Bento manda seguir a Igreja fundada por Pedro... Jesus detona as religiões e afirma ser a cabeça da Igreja e ponte que liga a mesma com o Pai Celeste. Já o Papa, que é papai, comanda as coisas por aqui como um segundo Jesus e é chamado de Sumo Pontífice.
A quem seguir? Jesus é a Verdade e não quer atrasar a vida de ninguém. Não há outro nome! A quem?... se só Jesus tem Palavras de vida eterna?
Gostaria de expressar minha dor por conta dos últimos dias, mas não tenho mais forças... não tenho mais inspiração... esvaem-se as gotas de suor e o calafrio me achega no estômago como que me dizendo: “Tempos difíceis esses últimos dias”.

Que o Deus da infalível Palavra nos conceda forças pra chegar até o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus, Senhor Nosso!


NA GRAÇA,
QUE NOS ASSEGURA SER A BÍBLIA NOSSA REGRA DE FÉ
LELLIS


(*) LUIS DE OLIVEIRA, Ernesto. Roma, a Igreja e o Anticristo. Casa Editora Presbiteriana. 2a Ed. São Paulo.

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