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O LUGAR MAIS DIFÍCIL DE SE PREGAR O EVANGELHO


COPEIRO DO REI escreve..

Se eu vos disser que o lugar mais pedregoso de se pregar o Evangelho é na própria casa, é bem provável que afirmes. Talvez uma base bíblica vindo do próprio Cristo nos dê claridade e motivo para tal questão: "profeta de casa não tem valor"; ou dos nossos vizinhos católicos: "santo de casa não faz milagre."
Nunca foi fácil viver o Evangelho dentro de casa. Nossa lepra sempre é colocada à mostra quando chegamos diante de nossos familiares, como foi no caso do oficial Naamã. Quando este saía para a rua, para os seus afazeres diários, sua farda mui condecorada e suas divisões eram o suficiente para impor respeito e tremor diante de todos. Com sua vestimenta militar e suas honrarias era um homem mais do que comum na sociedade; sem elas, mais um leproso.
Naamã, quando chegava em sua casa, era obrigado a tirar sua pesada farda para dar lugar às feridas que eram vistas pelos seus familiares. Não era fácil ser o mesmo para todos. Ele precisava assumir uma identidade só, mas seu ego, seu passado de glórias militares não permitia isso. No entanto, sua esposa e filhos contemplavam e recebiam a pior cena: o casco de um homem com suas feridas pra conviver.
Naamã é uma personagem familiar. Quantos saem das igrejas cheios de condecorações e "vestes brilhantes da glória de Jesus" – ironicamente falando, mas quando chegam em suas casas, voltam como se nada tivessem ouvido?
Estamos num tempo de crise. Aviso mais uma vez: Estamos vivendo num período complicado! Minha notícia não é para mudar nossa antiga convicção, mas para nos alertar sobre a crise que se alastra nos templos evangélicos e, agora, católicos, sobre a invasão de bênçãos sem cruz e a ausência de cruz no cristianismo do Cristo.
Certa feita, ouvi a esposa de um pastor dizer: "Estou cansada de ter um pastor em minha casa, preciso que o homem, com o qual me casei, se torne em meu marido e pai de meus filhos." Ouço sobre jovens que não param de falar sobre Jesus dentro de suas casas com o canal da oração, louvores... Conheço mulheres que pregam com a vida em silêncio para os seus maridos não convertidos. Mateus, o coletor de impostos, assim que se converteu, serviu Jesus dentro de sua própria casa. Enfim, não tem sido impossível pregar o Evangelho dentro das casas. Existem meios e pessoas com fé para realizarem tal obra ainda nos dias de hoje. Existem exceções!!!
Minha pesarosa notícia, portanto, é: o lugar mais difícil de se pregar o Evangelho nestes dias é dentro da igreja.
Evangelho sem cruz não é Evangelho. Jesus sem cruz não é Cristo. Cristianismo sem Cristo não é Evangélico. Cristão sem a cruz não pode ser discípulo. Quem quer ouvir isso dentro dos templos hoje em dia? Pastores, líderes evangélicos e de outros segmentos religiosos, estão aderindo a diversas teologias para inchar suas igrejas e templos. O número de adeptos crescem absurdamente e todos se vangloriam de realizarem inúmeros cultos por semana e por estarem ampliando a construção para que venham mais e mais sinceros fregueses das bênçãos sem cruz.
Estamos numa crise do barulho! O Evangelho enlouqueceu de vez! As heresias são pregadas constantemente e o povo aplaude como se o próprio Deus estivesse ditando as palavras. Novas profecias são dadas por homens que nem abrem as Escrituras durante o culto e os consumidores ficam satisfeitos com o horóscopo da semana.
Dorme-se com um barulho desses?!
A pregação da cruz dentro das igrejas fica cada vez mais escassa. Pouquíssimos são os mensageiros da Boa Notícia. Raríssimos os pregadores que cantam e ensinam a cantar enquanto o coro come no lombo, mesmo à meia noite. Não se ouve mais sobre discipulado, mas sobre gravar cd´s e dvd´s, como receber bênçãos em três passos, como entrevistar um demônio e sapatear em sua cabeça, etc. Não se ouve divulgar os congressos sobre oração, serviço, missões, mas sim sobre adoração, liderança, campanhas dos milagres e curas...
Outra coisa: estou farto de ouvir sobre os levitas nas igrejas e ler sobre o assunto. O que se tem pregado nas igrejas sobre a tribo de Levi encontra-se em Heresias, capítulo 3, versículo 2.
Esgota-se minha paciência com a ausência da palavra cruz nas igrejas. Embora meu apelo não se esgote, minha consciência dói só de pensar que este meu desabafo não mudará muita coisa em nosso meio, a não ser que o Espírito Santo os convença que a Bíblia que tenho lido é a mesma inspirada pelo Próprio (Espírito).
Muitos ficam admirados com as milhares de pessoas que aparecem nas gravações de astros e celebridades evangélicas, que pensam ser elite do corpo de Cristo. Pensamos nós que no Reino está sendo mesmo investido muito para que almas se convertam. Esquecemos que a porta por onde estão entrando é uma porta um pouco mais ampla. Estão sendo alargadas pelos pregadores das bênçãos sem cruz. A salvação tem se achegado sem a cruz de Cristo. E sem a cruz é impossível haver santidade, Graça, misericórdia, paz, eternidade... Cristo... Deus.
O povo tem abraçado uma mensagem seca, sem lágrimas e sem sangue. O povo tem escolhido as melodias dos cânticos que se transformam em mantras gospel para trabalhar no emocional desequilibrado dos que se autodenominam adoradores do Cristo sem cruz. Nos templos de hoje a música é bela, a mensagem é carregada de bênçãos e Deus é proclamado de forma que nem a Bíblia tem capacidade de descrever... só o pregador. Portanto, o principal fica de fora.
Os consumidores evangélicos compram o produto anestésico e saem felizes até caírem nos mesmos erros. Estão comprando fardas cheias de condecorações nos templos, mas se esquecem da validade do tecido. Adquirem uma fina estampa, um véu nos cultos para esconderem temporariamente quem são até chegarem em seus lares e se despirem novamente para a arrogância e falta de amor. Se os pregadores falassem sobre cruz nos templos, os lares teriam a Palavra pregada e vivida.
Só conseguiremos ser felizes se sairmos da igreja confrontados com a realidade da cruz de Cristo. Ela nos fará chorar o pecado. A cruz não é anestésico. A Cruz é lugar de dor para que venhamos ter cura; lugar de solidão para morarmos em família; lugar de morte para sermos levados à eternidade. A cruz é bênção!!! A Cruz é a motivação!!!
Não tem sido fácil pregar Evangelho puro nos templos. E qual é o pregador que se sente à vontade para tal obrigação se o povo quer uma nova teologia, um novo ensino sobre a vida cristã? O povo prefere um Titanic que não afunda, um Super-Homem que não se curva ante a criptonita, um Cristo que não passou pela cruz. Queremos mudar uma história que conhecemos para que não sejamos surpreendidos pelo óbvio: o que é, é; e o que não é, não é.
A igreja é por causa da cruz, do Evangelho. A igreja existe pra pregar a Verdade sem levedar a massa. Não se pode fazer o que se tem feito por aí. É vergonhoso ser evangélico. Tem sido mais prazeroso ser protestante no meio de tanta cachorrice e verborragias faladas nos púlpitos do Brasil.
Dorme-se com um barulho desses?!
Tem sido complicado para os pastores pregarem o Verdadeiro Evangelho por causa da mente de Arão: os líderes fabricam o bezerro de ouro só pra satisfazer a vontade do povo inquieto.
Ah, eu oro para que muitos Moisés se levantem com ousadia para fazer com que o povo beba dos restos do bezerro! Que o Senhor tenha misericórdia de mim!
Que haja sabedoria e coragem nos púlpitos desta nação e desta minha cidade! Amo muito as almas para que continuem sendo enganadas por si mesmas, por suas motivações e pela multidão que comanda o ritmo da caminhada. Que haja meditação na Palavra de Deus e que haja discernimento ao estudá-la! Que haja sacrifício e murros contra si! Que haja morte para os próprios sonhos e desejos!
Que hajam bons pregadores comprometidos com a boa mensagem!...
Que haja o Evangelho... Que haja cruz... Que haja o Cristo!
Que haja Luz!

NA GRAÇA, QUE NOS FAZ PENSAR E VIVER NAQUILO QUE É LOUCURA PARA OS QUE SE PERDEM
LELLIS

Um comentário

Anônimo disse...

Graça e paz amado

Esta é minha maior dor, pregar o evangelho em meu lar e ouvir de meus familiares que nasceram assim vão morrer assim. Por outro lado creio que Deus é poderoso pra fazer infinintamente mais e acabo descobrindo que não estou orando como devia por meus familiares. Um abraço Rogério

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