Discutir sobre a vida alheia é coisa tão antiga quanto o código de Hamurabi.
Fala-se de um só lado da sociedade, mas, facilmente, se esquece de que em uma só cidade, há muitas "sociedades".
Traçamos metas como se todos tivessem de, impreterivelmente, aderir a um só tipo de pensamento e comportamento.
O desejo que se tem é de igualar a todos, mas trata-se de uma missão impossível.
Quer coisa mais racista do que dizer "todos somos iguais"?
Mas há algo que eu, sinceramente, gostaria de colocar no coração das pessoas: o sentido de amar até o fim. O compromisso de lealdade, de insubmissão ao tempo, de esgotamento sem o assassínio do outro, do viver e reviver momentos que valem ou não a pena - só pra se ter a ideia de que temos sentidos para usá-los, ainda que na dor.
Tem gente que usa a lei para legitimar compromissos. Não adianta.
Tem gente que usa a grana para conseguir algum compromisso. Não adianta.
Tem gente que usa Deus para eternizar compromissos. Não adianta.
Enquanto não houver consciência da importância do(a) outro(a) na vida e que esse outro(a) é que nos ajuda a modificar a própria história da gente e da nossa sociedade, não há simpatia que tenha poder a fim de trazer continuidade.
***
Gosto do sentido de eternidade dos judeus. Baseia-se na descendência. Minha eternidade estará segura na vida de meus filhos.
Minha eternidade estará segura enquanto houver gente comprometida com o amor, com a educação, com o zelo, com a justiça, com a velhice.
NA GRAÇA
LELLIS
Um comentário
É,essa tendência de tentar igualar a todos parece latente em nós.Que Deus nos ajude a amar o diferente,mesmo que não entendamos...
Abraço
Postar um comentário